

Robert Kennedy durante visita ao Brasil
João Goulart
A Presidência de Kennedy, junto com a de Jânio Quadros no Brasil, trouxe esperanças para uma nova sinergia entre os dois governos. Kennedy parecia muito mais aberto a prover ao Brasil assistência governamental direta, e a administração de Quadros parecia mais aberta a fazer as reformas de austeridade há muito pedidas pelos Estados Unidos. Parecia que os ideais Pan-americanos de Kubitschek estavam prestes a tornarem-se realidade. No entanto, mais uma vez, a “relação especial” não se materializou. O Brasil cada vez mais assertou sua independência em suas relações exteriores, buscando reabrir relações com países do Leste Europeu como a Hungria. Os Estados Unidos desconfiaram cada vez mais do Governo Brasileiro, especialmente depois que Goulart foi elevado a Presidente. Além disso, oficiais Americanos atuaram no interesse de líderes de empresas Americanas, ao invés de seguir um plano de ação coerente no Brasil. Cálculos estratégicos durante a Guerra Fria, ao invés de parceira econômica, rapidamente tornaram-se prioridade para a administração de Kennedy. Isso levou ao apoio Americano de candidatos vistos como alinhados durante eleições Brasileiras, assim como apoio de inteligência ao Golpe de 1964.
Leituras
Seleção, CAPÍTULO 2, Ricardo Alaggio Ribeiro, “A Aliança para o Progresso e as Relações Brasil-Estados Unidos” | Português
Martina Spohr, “O Empresariado e as Relações Brasil-Estados Unidos no Caminho do Golpe de 1964” | Português
Documento:
Jânio Quadros, “Brazil’s New Foreign Policy” | Português (P. 145-155)