

Depois do retorno brasileiro à democracia, Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi o primeiro Presidente a servir dois termos completos, e portanto desenvolver uma plataforma e reputação distinta. Um estudioso das ciências sociais há tempo que havia brevemente liderado o Itamaraty durante o governo anterior, FHC havia ajudado a construir o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que se tronou uma das principais forças politicas da nova era democrática. Ele trouxe novas prioridades às relações exteriores Brasileiras, com consequências para a relação com os Estados Unidos. Ele buscou a autonomia internacional brasileira através da integração—isto é, tronou o Brasil em um agente ativo em fóruns internacionais, defendendo seus interesses e evitando tensões excessivas ou alinhamentos completos com qualquer parceiro. Adicionalmente, o Brasil aumentou seu interesse nas suas relações Latino-Americanas, liderando esforções para fortalecer o Mersocul.
FHC também elevou seu próprio perfil como negociador, inaugurando no Brasil o model de diplomacia presidencial. Mantendo relações amigáveis com os Estados Unidos e se unindo em projetos de negócios e outras arenas, FHC ainda assim perseguiu interesses Brasileiros independentes, como usar a nova Organização Mundial do Comércio para defender o Brasil do protecionismo agrícola Americano. Ao fazê-lo, o Brasil se posicionou como um líder do mundo em desenvolvimento ao procurar novas oportunidades para emancipação econômica. Essa tendencias nas relações internacionais Brasileiras foi continuada pelo sucessor de FHC, Lula, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Lula também adotou uma estratégia de adotar um papel ativo na arena internacional, apoiando o objetivo de tornar os emergentes regimes legais internacionais favoráveis aos interesses do Brasil e do mundo em desenvolvimento. Ambos líderes, mesmo que de diferences ambos ideológicos (apesar de suas diferenças no poder terem sido muito menos marcadas), procuraram no relacionamento com os Estados Unidos um parceiro confiável para ajudar nos projetos Brasileiros de modernização e crescimento. No entanto, eles também não evitaram criticar posições dos Estados Unidos vistas como protecionistas e injustas aos interesses Brasileiros.
Leituras:
Tullo Vigevani, Marcelo Fernandes de Oliveira, and Rodrigo Cintra, “Política Externa Brasileira no Período FHC: A busca de autonomia pela integração” | Português
Carlos Aurélio Pimenta de Faria, “O Itamaraty e a Política Externa Brasileira: do Insulamento à Busca de Coordenação dos Atores Governamentais e de Cooperação com os Agentes Societários” | Português
Documentos:
Document No. 13: Sara Regine Hassett and Christine Weydig, “An Interview with Fernando Henrique Cardoso.” | English