

Durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016), os objetivos de Política Externa do Brasil foram praticamente uma continuação do governo Lula. No entanto, crescentes problemas domésticos fizeram com que engajamento internacional se tornassem menos prioritários para Dilma. Lidando com uma economia estagnante, escândalos de corrupção, e problemas políticos, Rousseff teve que dedicar mais atenção a assuntos domésticos. Portanto, a amplitude e intensidade do engajamento Brasileiro em organizações internacionais caiu, e o orçamento do Ministério das Relações Exteriores também foi cortado. O Brasil continuou buscando influência em instituições internacionais e integração na America do Sul, mas menos energicamente do que durante a administração Lula. Durante o governo de Barack Obama (2009-16), que coincidiu com o de Dilma por vários anos, ainda que o Brasil e os Estados Unidos tenham mantido relações amigáveis, os dois países tiveram uma série de pequenos desentendimentos que inibiram um significante aprofundamento dia sua parceria. Houveram desentendimentos sobre assuntos como a resposta à crise de 2008 e a resposta internacional ao Irã. Também houveram uma divisai quanto à espionagem americana das comunicações de Dilma. Ao mesmo tempo, o Brasil viu seu “soft power” diminuir enquanto seus problemas domésticos escalavam. Portanto, em 2016, após a eleição de Donald Trump e o impeachment de Dilma, não era claro qual seria o futuro das relações Brasil-Estados Unidos.
Leituras:
Cristina Soreanu Pecequilo, “As Relações Bilaterais Brasil-Estados Unidos no Governo Dilma Rousseff, 2011-2014” | Português
Amado Luiz Cervo, Antônio Carlos Lessa, “O Declínio: Inserção Internacional do Brasil (2011-2014) | Português
Documento:
Remarks by President Obama and President Rouseff of Brazil in Joint Press Conference, 2015 | Link